domingo, 14 de março de 2010

Eu

A minha escrita é repetitiva.
Rasgo folhas, rascunhos, em busca do texto, da poesia perfeita.
Ando constantemente à procura da palavra chave que vai desenrolar, que vai desenvolver, dar acção, melodia e sentimento à prosa. Aplicando dor aos vocábulos, escrevo sobre guerras épicas, ódio, amores trágicos e ilusão. Falo de criaturas místicas, possuidoras de uma crueldade infinita.
Redijo sempre com o inconsciente.
Pretendo transmitir sensações, fazer sentir emoções. Quero ouvir choros.
Torturo o meu cérebro, quero arrancar o irreal e transformá-lo, moldá-lo, em possíveis doutrinas, formas expressivas.
Adoro magoar as letras.
Bato-lhes. Quero que captem com urgência todos os meus pensamentos, todas as minhas ideias. Quero que formem com rapidez um texto simbólico.
Mutilo todos os erros e construo termos metaforicamente perfeitos.
O sangue das promessas verbais é a tinta da minha caneta, as minhas frases são o espelho, o reflexo da sua dor.

2 comentários:

  1. And this is where I say that your words make me cry blood-tears of joy, anger, fear and sadness.
    due to the emotion you impose on your words, which you violently violate so that they may satisfy your hunger for such perfect writing.

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  2. Pois... nao sei quem é ele xP
    em certos campos sou muito inculto.
    Eu nao gostei muito dele, mas o mesmo aconteceu com outros e passados uns tempos vou ver e gosto xD
    pois isso do retroceder é mau..
    es miseravel porque?
    Ainda bem que consegui proporcionar um orgasmo literario!
    Beijos

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