quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vírus

És como uma doença viral. Quando estou quase curada, quando o meu coração está totalmente recuperado, e apenas resta o incomodo provocado por algumas lembranças, tu regressas. Odeio estes sintomas de Passado. Atacas com toda a força, infectas de novo, todo o meu sistema imunitário. Sinto que não tomei bem a medicação, ou então a meio do período de tratamento expus-me, saí da cama e pisei o chão frio sem agasalho, sem chinelos. Mania de andar descalça..!
Enfim, vou ficar de cama mais um dia ou dois..

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Hoje sorri

Sou tão parva. Sou daquele tipo de pessoas que pensa insistentemente no passado. Desgostos amorosos, problemas com a família, revoltas interiores, passo a imagem que a minha vida é só sofrimento, o que não é verdade. Naturalmente, não sou uma pessoa triste, escrevo apenas quando penso no que perdi. Escrevo quando me doi o coração, escrevo quando sinto a minha alma a revoltar-se, redijo quando percebo que o meu verdadeiro ser se corrói lentamente. 
Hoje, escrevo porque estou feliz. Tenho milhares de ideias na minha cabeça, todas com algum potêncial e pela primeira vez, quero atribuir-lhes asas.
Escrevo, porque há tempos conheci das pessoas mais maravilhosas do mundo. Um ser que conquistou todo o meu respeito e que neste momento guarda toda a minha verdadeira essência num frasquinho. Um ser que me lembra todos os dias de onde venho, o que sou e para onde quero ir. 

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Relatório de Guerra

Tenho a voz magoada de tanto gritar. A cara levemente molhada de tanto pranto. Esta casa tornou-se insuportável. Não compreendo porque continuam a ignorar o que digo, a desprezar o que sinto.
Com a tua ausência, o meu lar transformou-se num campo de batalha. Vocês, líderes, mandam ideias à ventura, disparam o que vos convém. Não fazem caso dos inocentes e ainda os colocam na primeira fila. Converteram a minha vida num jogo. Sinto-me constantemente num tabuleiro de xadrez.
Façam-me um favor, eliminem a minha peça de uma vez por todas. Encostem-me a um canto. Sou um simples peão. Prefiro morrer de uma vez a ser torturada diariamente.


Há feridas que o tempo nunca vai sarar, pensamentos que nunca vão fugir, coisas que os meus ouvidos, ouviram, que nunca vou esquecer.