Quero mergulhar para uma folha em branco, nadar no seu silêncio, perder-me nos seus mistérios.
Quero afogar-me nas profundezas de um oceano irreal, desenhado, criado por mim.
Quero tocar a Linha do horizonte.
Quero nadar para longe, chegar a um Porto e encontrar, finalmente, o meu Abrigo.
Quero sentar-me na areia, pegar num papel, mancha-lo, sujá-lo com a tinta da minha caneta.
Quero riscar erros, quero sublinhar, dar destaque a nomes.
Quero provar que o que escrevo não é tristeza, mas sim pura poesia, verdadeiras metáforas, labirintos de sentimento onde há muito me perdi.
Quero olhar para o mar, contemplá-lo. Quero criar e destruir, ao ritmo, ao sabor de cada onda.
Quero sentir o teu abraço e encarar o pôr-do-sol...