quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

estado interior



Tenho medo de sonhar. Medo de subir aquele lanço de escadas. Aqueles degraus que fatalmente me vão levar até ao sótão proibido, compartimento cerebral que guarda todas as nossas recordações. Não quero vasculhar no meu sistema límbico. Há coisas que mais vale esquecer. Chega! Não me faças remexer na minha mente.
Cala-te. Estou farta dessa tua voz. Ouve!
Se dominasse a auto-hipnose, podes ter a certeza que já te tinha varrido do meu inconsciente.
Se o sonho é uma ensaio de imaginação, então, porque raio, o meu plano mental inferior não cria uma personagem com poder suficiente para te eliminar? 
Nem era preciso algo muito complexo. Uma onda chegava, desde que tivesse força suficiente para te levar com ela. Fazer-te rebolar por um cais. Engole água salgada. Afoga-te. Larga as minhas memórias.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

estado anterior








Há sempre algo no Presente que me leva de volta às ondas do Pretérito. Uma rua, um objecto, uma língua. Coisas simples e banais com força suficiente para me arrastar de volta àqueles mares.

fecho os olhos

Incrível como milhares de imagens se erguem na minha mente. Fotografias mentais, figuras quase tão reais quanto o próprio real.
Não gosto deste barco. Odeio este porto. Já cá estive demasiadas vezes para conseguir prever, para ter consciência do que se prossegue.


sábado, 19 de novembro de 2011

pensamento

Hoje à tarde, enquanto ouvia o sino da igreja bater fortemente, anunciando uma nova morte, lembrei-me do meu avô. Levantei-me do sofá e fui para o alpendre. Há sempre um momento de nostalgia nos meus dias.
Contemplei o horizonte, as árvores, aquela paisagem rústica. Inspirei aquele ar puro, senti o vento frio a bater-me na cara. Os meus olhos pousaram no cemitério.
É tão esquisito pensar que a pessoa que a minha avó ama está tão perto, mas tão longe..

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Texto para ti..

Já não invades os meus sonhos e eu vejo isso como um presságio. Sinto que toda esta esperança que me consome, que arde em mim, um dia vai extinguir. Amanhã ou depois vou acordar, reflectir, reparar que não preciso de ti para nada e nesse dia... ah! Nesse dia não me ralo, não quero saber que apareças de joelhos. Nesse dia vou ser um espelho daquilo que foste para mim. Vou largar todo o rancor, vou soltar todos os demónios que me possuem e vou gritar. Vou berrar, vou implorar que te pisem, que repisem vezes sem conta. Nesse dia vais implorar perdão. A fera que há em mim vai arrancar-te o coração e guardá-lo numa caixa.
Todos os dias o magoarei, todos os dias o cortarei. Vou espalhá-lo pelo chão, espalhá-lo pelo mundo. Vou fazer-te procurar cada pedaço. Vou fazer-te montá-lo para o destruir, novamente.
Vou fazê-lo infinitas vezes..

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Desenquadrada

Imagina-me como sendo um movimento artístico desenquadrado da época.. É como ser surrealismo, no tempo do barroco.
Não há quem me compreenda, por isso tecnicamente, eu não sou eu.. 
As pessoas não ligam à tela no meu interior, mas sim à moldura que me envolve.. 


Compreendes?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Introspecção

estou numa fase de introspecção, não sei o que quero fazer da vida. sinto que não tenho um gosto maior que me leve a faculdade. sinto que gosto de demasiada coisa e isso baralha-me a cabeça. não quero acabar uma inútil. quero deixar-me levar pelo vento. alargar os meus horizontes, voar, conhecer outras pessoas. ter disciplina sobre mim própria. quero investir no mundo artístico, fazer milhares de cursos, não propriamente a faculdade.. porque raio a licenciatura e mestrado, parecem os únicos caminhos? quero ir para Paris, ter aulas de pintura, quero ir a Inglaterra ter aulas de inglês. quero ir a Itália estudar história de arte, quero passar uns tempos em África e fazer voluntariado. quero viver culturas .. aprender milhares de coisas, não ficar limitada a um curso que não venero.
quero falar do que faço com amor. 
adoro as pessoas qe vivem da escolha que tomaram, que não se arrependem dela nem por um segundo.. 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

B.A

"ODEIO bloqueios.. fazem-me duvidar da minha capacidade artística. Sinto que não pertenço ao mundo das artes, sabes? Sinto-me uma Pseudo! Sinto que nasci para outra coisa qualquer. Não pinto, não escrevo, não danço, não toco, não faço nada.
Sinto-me um verme.
Quando estou assim, resumo-me simplesmente à minha existência, à minha insignificância!"

sábado, 4 de junho de 2011



colocas-te o meu coração a um canto


domingo, 8 de maio de 2011

!

Vou ser operada again!

Estou CAGADA de medo

sexta-feira, 29 de abril de 2011

fingers

Esta semana, tem sido uma semana de loucos!

Montagens de caixas + limpeza de placas + serigrafia a multiplicar por x-actos, fica-cola, película aderente + tudo embalado até as 18:00 horas.

Resultado: = cortes

Tenho os dedos todos lixados
Estou cansada a precisar de descanço!

Boa noite

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Viva a boa música!


Yann Tiersen | 5 de Maio | Lx Factory

bora?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

...

Hoje desisto.
Hoje mando ao mar todos os sonhos que tive contigo.
Deixo-os afundar, morrer..

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Well

Não há nada pior que sentir saudades de algo impossivel de alcançar! Sentir saudades de algo que já só faz sentido na minha cabeça. Sentir saudades nem sei muito bem de quê!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Amor - Fernando Pessoa

Amor

O amor, quando se revela,
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.

Ah, mas se ela adivinhasse,
se pudesse ouvir o olhar, 
e se um olhar lhe bastasse
pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe 
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar... 

Fernando Pessoa

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

“Não há nada mais duro do que a suavidade da indiferença” Juan Montalvo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Resposta

Não é bom quando navegas sozinho num mar de pensamentos? Não é sublime quando mergulhas em sonhos, quando te deixas balançar por cada onda, quando ficas suspenso em alto mar a pensar com insistência? 
Não gostas de fantasiar? Criar o teu mundo? É tão bom, quando encontras o teu porto, quando apalpas a areia da tua praia ficcional e vês que afinal tudo é real :)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"O amor perfeito é a mais bela das frustrações, pois está acima do que se pode exprimir" Charlie Chaplin